Acordar sem forças e energia para levantar, é das coisas mais deprimentes... Começar a ser funcional após um café ou perto da hora do almoço, tornou se algo comum... E eu fui achando que era normal... O corpo deu me todos os sinais que precisava de cuidados e eu ignorei...
Deixei-me arrastar sem conclusão nenhuma... Deixe-me levar ao ponto de não conseguir gerir o stress e estar em constante alerta para algo mais que pudesse surgir...
Todos eles eram sintomas de um esgotamento... Mais uma vez voltei a abandonar-me ... os ruídos da ansiedade tornaram-se exarcerbados... Até ao dia em que o corpo colapsou, foram três idas ao hospital de Inem... horas infinitas de espera e exames... Senti-me cobaia... em tentativas e erros de medicação...
Hoje consigo olhar para os meus momentos de terror e perceber que ali uma Mónica teve de morrer... para que outro Eu pudesse nascer.
Dormi 15 dias seguidos, dei o descanso ao corpo que ele tanto me pedia... fui nutrida e cuidada. Re-aprendi a amar-me, a nutrir-me e a deixar-me ser suportada.
Alimentei a mente, o corpo e busquei o equilibrio das emoções... O caminho da cura, estou a fazê-lo diariamente e ele é sem dúvida para dentro.
Foram dias desafiantes... mas o libertar de camadas era necessário, para me tornar uma pessoa diferente e um novo caminho se abrir.
Se alguém perto de ti sofre com fadiga crónica, ansiedade, depressão... oferece lhe a tua empatia... porque existem doenças que não são visíveis, mas marcam profundamente quem passa por elas.
A vida é um bem precioso e às vezes precisamos que o nosso mundo abale para nos movermos em direcção a um novo caminhar... algo mais liberto, leve e nutridor.
Mónica Lopes
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