Palmilhei o deserto árido em mim...
A areia tornou se instável e movediça...
Persegui um oásis ilusório por décadas...
Perdi-me de mim mesma...
O ar tornou-se quente e agreste...
Esqueci-me de como se respira...
Esqueci-me de como se vive...
Perdi-me...
Palmilhei nas brasas da vida...
E foi preciso perder-me...
Para me re-encontrar...
Já aqui estive...
Já vivi este padrão...
Tardo em perceber...
Tardo em aprender...
Mas ao fundo vive o verde...
Ao fundo as cores...
Há esperança...
Retorno para Mim
E vivo-me de novo...
Transformei e transbordei...
O caminho é sempre nos embalos do coração...
Suave...
Como seda...
Mónica Lopes
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