É necessário uma tremenda coragem para abandonar o baile, quando a música já não está em harmonia com quem somos.
Deixar ir aquilo que construímos a dois é um processo desafiante que requer muito amor próprio.
Perceber que crescemos em direcções opostas, que perdemos a capacidade de receber ou de doar...
Não somos ensinados a amar-nos no nosso melhor e pior...
Não somos ensinados a perceber que aquilo que não gostamos no outro também existe em nós...
E é muito rápido o movimento num casal, de passarmos a um papel inconsciente de "mãe/pai" do companheiro...
Não damos colo às nossas emoções...
Não escutamos as nossas necessidades...
Mas fazemos o movimento de querer preencher o vazio do outro, sem olhar ou preencher o nosso...
Apenas podemos ser responsáveis por nós.
Por isso saber ir embora é um acto de bravura, sabedoria, maturidade e amor.
É assumir um compromisso connosco!
É valorizar-nos!
É ser fiel.
É amor!
Mónica Lopes
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