Hoje escrevo-vos com um sentido completamente diferente do usual. É recorrente um terapeuta ter o sindrome do salvador e é importante ter atenção a todas as nossas manifestações internas. É claro que salvar o outro não é exclusivo de terapeutas... E por isso o convite é a que mergulhem no tempo e encontrem o exacto momento na vossa infância em que a vossa criança interior assumiu responsabilidades que não eram dela... Soltar a vontade de salvar o outro, é empoderar e acreditar nas capacidades do outro... Ele é capaz! E tem direito às suas escolhas, mesmo que diferente das minhas... É um acto de humildade e respeito ao próximo. Nós nunca sabemos os verdadeiros propósitos da alma e o que ela vem aprender nas diferentes situações.
Por isso é essencial observar a necessidade de constantemente rectificarmo-nos... Perceber que estar o tempo todo à procura das nossas falhas e fazer trabalho interno sem parar, vem de um lugar de falta de amor e aceitação... É a ferida da criança que quer ser amada e buscar a perfeição...
É seguro ser imperfeito. O adulto em nós sabe que a imperfeição é inclusiva, porque somos luz e sombra.
E aqui nasce o amor...
Eu aceito-me e aceito o outro tal como ele é...
Monica Lopes
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