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Quando a sombra brilha

  • Foto do escritor: sussurrodaalma
    sussurrodaalma
  • 4 de ago.
  • 1 min de leitura

Mais uma vez desci às minhas profundezas.

Oceanos profundos de emoções estagnadas.

Um lodo emocional.

Anos e anos de encontros e desencontros com as minhas trevas.

Sentei-me com os meus demónios.

Conversámos, conheci-os um pouco mais e olhei-os nos olhos.

Não havia como escapar...

Agora vejo-os.

Percebo que me habitam à muito.

Uma vida imensa para perceber que existe amor nas minhas sombras...

Apaixonei-me e descobri-lhes a luz.

Deixei a sombra brilhar.

E agora sei que no medo de ser injusta com o outro, sou injusta comigo.

Que quando calo o meu desconforto, o meu corpo mais tarde ou mais cedo grita.

E faço de novo a caminhada para o amor.

Escuto o corpo.

Nutro-o.

Amo-o.

Acolho a dor latenjante.

Afinal é no lodo que nasce a lotus.

E certamente algo nascerá hoje aqui comigo, também...

Que me permita a não voltar a ter medo.

Que me permita a ser flexível e não resistir.



Mónica Lopes


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