Catalíticos momentos escalentam o peito...
Cá dentro impera o deserto... um inverno árido e escuro...
Por fora a vida continua igual...
Estas ilusões e desilusões que vamos experienciando são desconcertantes...
No desamparo a vida mostra-me que tenho de me amparar...
No abandono que tenho de me amar...
Na rejeição que tenho de me aceitar...
A viagem do auto-amor tem vários níveis e à medida que superamos camadas... outra mais profunda nos é mostrada.
Que nunca perca a capacidade de me olhar, sentir e amar...
Se queremos que a vida seja suave, sejamos suaves connosco...
Se queremos sorrisos que nunca percamos a capacidade de rir...
Oh vida!
Que nunca nos falta fé, esperança e amor.
Que o equilibrio entre o fogo interno se harmonize com as águas...
Caminho descalça sobre o pulsar da vida, para encontrar o florescer, verdejante de novo...
O botão da flor de lotus vai se abrindo...
Espreita em mim uma primavera diferente...
Mónica Lopes
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