É da minha responsabilidade aquilo que crio na minha vida... seja bom ou mau..
Algures no tempo acreditei que saber parar não é bom...
Algures passei a olhar para o descanso como um processo de não merecimento...
Vagueio no tempo em busca de respostas e vejo a rigidez de um processo interno. O meu general interior é muitas vezes um ditador de exigências de perfeição e correrias... Preciso e exijo... torno-me a minha pior inimiga... Afligem me pensamentos irreais, ilusórios... Apresso-me e atropelo me sem me respeitar ou ver o quanto já trilhei...
E a vida não pára, ela segue como um rio...
O movimento é continuo e dual... seja dentro ou fora... O movimento acontece e perco me dos meus limites. Paro de me respeitar e de reconhecer quando abrandar...
Respiro e recordo me de ser gentil com a viagem e comigo mesma. Baixo a guarda e permito-me à cura... descubro no processo que ela é flutuante e oscilante... Tudo no meu tempo...
Só preciso de equilíbrio e flexibilidade. De voltar a acreditar e confiar... De reconhecer a responsabilidade sobre mim mesma, vergo me mostro a minha vulnerabilidade e o quanto preciso de ajuda... permito-me que aconteça... ao amparo e sustento... à nutrição e ao amor... seja do outro ou por mim...
O caminho é a viagem... a aprendizagem de ser suave e a celebração das minhas vitórias...
Escolho amar-me e cuidar-me diariamente... com toda a atenção e carinho que mereço.
Escolho-me!
Mónica Lopes
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