Nos dias imersos em inércia ainda luto pela aceitação do que realmente são e representam. São os dias em que mundo lá fora se fecha e o interno se abre... Penetrando a caverna, dou me luz, aconchego e ninho...
Não fazer nada ainda é um mistério para mim... tento permitir-me a dias assim... mas não é fácil. Parece um vazio... Parece... É ilusório... porque atravesso lugares escondidos em mim e abraço todas as flutuações emocionais. Sinto tanto, vivo-me tanto!
Por fim a consciência... sorrio...
Foi afinal um dia preenchido.
Cheio de mim.
Organizei.
Separei.
Limpei.
Arrumei gavetas externas e internas.
Afinal tudo é espelho.
Aquilo que está fora... Está dentro.
A aceitação chega ao coração e envolve-me... Que dia rico!... Não foi em vão... foi para mim.
Mónica Lopes
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