Nos subterfúgios do mundo interno, existem cavernas onde escondemos e ocultamos aspectos nossos. As quais no tempo certo, elas acabam por surgir...
Nas entranhas vive a ira, a tristeza, a magoa, o medo... Todas elas escondem dor... E toda a dor pode ser transformada em Amor.
Não é aqui neste estado que me encontro, mas de cada vez que mergulho na escuridão do Ser, algo diferente ocorre...
É como um lugar entre mundos, que exige uma nova adaptação.
Já não sou mais o que fui.
E o que existia parece que não cabe mais.
A cada imersão, vejo uma nova versão...
A qual também tenho de me permitir à gentileza do novo Eu.
Dou-me tempo...
Pondero...
O que faz parte...
O que já não faz mais sentido...
O mundo interno ruiu.
E o novo é um estranho lugar.
Vivo entre mundos.
Descubro o novo Ser...
É leve e cada vez mais consciente.
As raízes do Ser estão mais estáveis, fortes e profundas.
O corpo é fortaleza.
Solto o que não faz parte...
E ergo-me num novo Eu.
Mónica Lopes
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